domingo, 31 de agosto de 2008

sábado, 23 de agosto de 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Quem Morre ?

Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo...

Morre lentamente quem se transforma em
escravo do hábito, repetindo todos os dias os
mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor ou não
conversa com quem não conhece...

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere os pontos sobre os "is" em detrimento de
um redemoinho de emoções justamente as que
resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa
quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto
para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos
uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias
queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projeto
antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto
que desconhece ou não responde quando lhe
indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige
um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda

domingo, 20 de julho de 2008

É tempo de Paz

O que é o tempo, senão uma sucessão de acontecimentos, momentos promissores para se pensar em construir a paz entre povos e nações?
Mas, para que as sementes de paz germinem em toda a terra, é necessário encontrar semeadores de boa vontade, terreno cultivável onde a justiça se desenvolvanum clima que favoreça o eqüitativo crescimento de todos.
Portanto, é urgente se pensar na humanização dos povos e nações, no respeito às diversidade étnicas, costumes e crenças. No estabelecimento de uma nova ordem mundial, fundamentada na compreensão e valorização dos seres humanos.
Como falar de paz quando se vive num mundo que promove a guerra, que mutila e mata, que gera ódio e vinganças, que cria massa de gente faminta, de pobres esfarrapados, crianças assustadas, pessoas tristes, sem perspectiva de um futuro melhor?
Neste panorama quase sem esperança, sente-se, porém, que um novo mundo está surgindo. E como aurora de paz renasce a solidariedadee a partilha do amor entre os diferentes povos.
É a paz que nasce dos escombros da guerra! É o novo tempo de construir o que foi destruído! É o convite para todos se unirem num mutirão de paz!
Vamos dar as mãos para ajudar aqueles que engrandecem a existência humana, oferecendo a nossa colaboração na tarefa de promover tantas vidas que o egoísmo e a ambição mutilaram.
Sejamos artífices da paz, na luta para engrandecera dignidade humana de quem foi excluídopelo desamor e pela injustiça.
É tempo de sermos semeadores(as) de paz! É tempo de convivermos em paz!


Autora: Maria Nogueira, fsp

domingo, 29 de junho de 2008

segunda-feira, 23 de junho de 2008

quinta-feira, 19 de junho de 2008

quarta-feira, 18 de junho de 2008

terça-feira, 17 de junho de 2008

quarta-feira, 11 de junho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Minha vida - quinto capítulo

O mundo deu suas voltas e eu, com apenas 24 anos, hoje, me sinto tão segura do que quero para minha vida! Quero ajudar a Mudar o Mundo e digo ajudar, porque nunca conseguiria fazer isso sozinha. Sei que não estou sozinha nessa luta! Somos várias as pessoas que vão mudar o mundo e mudar de uma maneira obstinada, alegre e com o coração! E são, primeiro, nos pequenos movimentos, na família, com os amigos e na comunidade que se começa a transformar algo. Consequentemente, transformaremos ações maiores e espaços maiores, sempre buscando luz nas trevas.
Acho que a graça de contar isso tudo é ajudar a definir melhor os interesses e preocupações que me levaram à política. Como nunca fui rica – embora, para padrões brasileiros, eu esteja acima da média – sei muito bem o que é depender de ônibus, posto de saúde, orelhão, biblioteca pública... de ônibus!). Sei das dificuldades hoje de ser “consumidor de serviço público”. No colégio, aprendi a ser crítica, consciente, responsável. No trabalho, na militância e na vida, conheci muitos problemas e projetos bacanas; tive exemplos de iniciativas que mudam a vida das pessoas e estímulos para fazer o mesmo. Na família, aprendi o valor do amor incondicional. Nas minhas meditações e reflexões, aprendo a ser cada vez mais calma, generosa e persistente, e trabalhar mais para o outro e menos para mim mesma.

domingo, 1 de junho de 2008

Minha vida - quarto capítulo

Para ajudar em casa e nas minhas necessidades, sempre trabalhei, desde os 16 anos. Comecei em estágios como todo jovem. Estagiei na Prefeitura de Caxias do Sul, na Procuradoria do Município, também na Codeca (Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul ), no Setor de Obras. Fiz algumas provas de seleção nessa época para garantir um trabalho melhor. Passei em vários e assumi logo na Farmácia do Ipam, onde trabalhei cerca de sete meses com atendente de farmácia, vendendo medicamentos. Fui demitida, sem causa justificável aparentemente, mas coincidentemente, havia trocado a gestão da Prefeitura e por conseqüência da Farmácia também. Tinha uma onda no ar de não respeito com opções políticas diferentes... Vai saber né? Bom, daí fui estagiar num escritório de Arquitetura, com uma profissional que me ensinou muito sobre habitação de interesse social e programas de moradia. Por um período, também trabalhei num curso de Capacitação para Técnicos em Plano Diretor da UCS, onde aprendi mais um tantão. Realidades de administrações mais variadas do Estado. Gestão e planejamento de cidade. Espetacular!!!

Sempre militei no Partido dos Trabalhadores e em fevereiro de 2007, fui convidada a trabalhar com a Deputada Estadual Marisa Formolo, no tema de Juventude. Como vinha de um histórico de trabalhos incentivando o protagonismo juvenil, aceitei o desafio. E certamente, nessa área fui e sou muito feliz!! A Juventude necessita de respeito e de liberdade de expressão. Conheci muitos jovens de muitas tribos diferentes e curti pra caramba. Estudei a Juventude, dessequei o tema e me apaixonei. Sou jovem com orgulho e jovem, como vários que conheci, que acredita num mundo melhor e age para isso. Buscamos reconhecimento como seres atuantes na sociedade e respeito a nossa diversidade. Queremos oportunidades, condições de vida e de sobrevivência. Somos as maiores vítimas dessa desigualdade social. Trabalhos informais, desemprego, exploração, violência, mortes no trânsito, drogas, preconceitos ...
Aguarde o próximo capítulo

sábado, 31 de maio de 2008

Minha vida - terceiro capítulo

Não foi fácil militar e muito menos fazer faculdade, morando no Garbim, São José. Pegar uma hora de condução para atravessar a cidade é dose, mas eu não tinha escolha. Sempre trabalhei o que me fazia, também, estar sempre correndo. Trabalho – UCS – Campus 8 – Casa... Haja tempo e pernas pra tudo isso? Mas já dizem que quem faz muitas coisas, sempre consegue tempo para mais. Dessa regra, eu não fujo, por que ainda participei de teatro, dança, natação, musculação, curso de língua de sinais (Libras), participei também de pesquisas na área de habitação da cidade numa ONG, ajudo na Amob Garbim, participo do Partido dos Trabalhadores, na Setorial de Juventude, na Setorial de Mulheres e na Setorial de Cultura, festas, encontros com os muitos amigos... Coisas que tod@s os jovens fazem e outras, que nem todos/as.

Em 2006, fui ao meu primeiro EREA (Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura) em Porto Alegre. Adorei!! Conheci uma galera muito legal! Grilada com o mundo atual. Discutimos Reforma Urbana, Universitária, Planejamento de Cidade, Estágios, Escritórios Modelos... No último dia, recebi a indicação para a Fenea (Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura), na Direção de Ensino, Pesquisa e Extensão (Diepe). Fiquei muito feliz, fui a primeira aluna da UCS a entrar na Fenea. A partir daí conheci muitos lugares do Brasil, onde desenvolvi trabalhos, dos quais me orgulho muito. Essa área de Extensão, relação com a Comunidade, onde a Academia e a Vida Real se encontram é algo que realmente me fascina. Aprendi e ensinei a sermos protagonistas enquanto jovens e arquitetos. Trabalhar no sentido da emancipação, do empoderamento, do aprender para libertar, da retomada da dignidade enquanto ser humano... Na UCS, tive oportunidade de trabalhar um pouco de tudo isso que vive, seja na Coordenação de Extensão do DCE, seja internamento no Curso de Arquitetura e Urbanismo, seja no Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da UCS, onde desenvolvemos trabalhos com comunidades.
E a história continua no próximo capítulo.

sábado, 24 de maio de 2008

Minha vida - segundo capítulo

Cansei daquilo tudo e resolvi trocar de Curso. Bom, fui num cursinho e me ofereci para trabalhar em troca de algumas aulas. Deu certo! Passei para Arquitetura e Urbanismo! Sempre gostei de Arte, criatividade e liberdade de expressão. Confesso que no início, não via maneira de mudar o mundo fazendo Arquitetura, mas pensava que podia dar minha contribuição fora da área e o curso agiria quase que como uma terapia, um espaço para me encontrar e me expressar, afinal gostava muito daquilo, além de uma maneira de se sustentar.

Surpresa grata foi, quando logo no início, fui identificando funções sociais ao Curso e desde lá sou apaixonada pela Arquitetura e Urbanismo. Compreendi que minha busca por conhecimento precisava de uma razão coletiva. No Curso, participei do Diretório Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo, por duas gestões, das quais muito me orgulho. Acredito que desenvolvemos um trabalho que fortaleceu a unidade do Campus 8, bem como a compreensão do ser humano como um todo que precisa se ligar em todos os temas e não se fechar no seu curso, no seu mundinho. Apresentamos a cidade com todos os seus problemas aos alunos e nos reconhecemos como parte dela.

Estive em três gestões do Diretório Central de Estudantes, onde aprendi muito sobre participação, organização e educação. Certamente, também ensinei, afinal são trocas que optamos em fazer. E como foi difícil se fazer presente e atuante no DCE! Como se não bastasse a distância física (Campus 8 – UCS), ainda tínhamos muitas diferenças internas, normais para uma sociedade tão heterogênea. Certamente, o que nos fez ter destaque enquanto gestão foi o comprometimento com o coletivo e o sentido de respeito a nossa diversidade. Sempre buscamos instigar a cidadania em todos/as alunos/as, criando maneira de participação e democracia na Universidade, seja pela discussão do Orçamento da UCS, seja pelas Diretas para Reitor e diversos plebiscitos etc.
Fique ligado no próximo capítulo.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Minha vida em capítulos

Eu nasci em Caxias do Sul, em uma família de classe média. Minha mãe é professora da Rede Municipal, e meu pai é construtor civil. Ambos sempre foram envolvidos com projetos coletivos. Minha mãe foi diretora da Escola Padre Antonio Vieira, durante 12 anos, trabalhando a escola vinculada a comunidade e suas realidades, e meu pai sempre participou da Diretoria da Associação de Moradores do Bairro Garbim, além de também fazer parte da UAB (União de Associações de Bairros) por algumas vezes.

A nossa vida nunca foi com luxos, muito pelo contrário. O dinheiro sempre foi contado. Meus irmãos e eu estudamos na Escola Pe. Antonio Vieira durante o Ensino Fundamental. Moramos em casa própria, construída com muito esforço pelos nossos pais. Não tínhamos condições de ter televisão colorida e telefone, e meus pais só compraram quando éramos já adolescentes. Enfim, vivíamos com um pouco de dureza e um pouco de conforto.

Estudamos, minha irmã gêmea e eu, nas mesmas escolas durante o período escolar. No 2º Grau (ou “Ensino Médio”, como se diz hoje), fizemos o Magistério, no Colégio São José. Um colégio que tinha uma preocupação muito bacana com a formação do caráter, com a criatividade, solidariedade, espírito crítico... (na minha opinião, bem melhor do que a preocupação fanática e estressante com o vestibular!). Adorava lidar com crianças e pensava em dar aula.

Nesse período, acompanhava meu pai nas lutas da comunidade e em reuniões políticas. Sabia que algo me contagiava dia a dia. A vontade de fazer algo para diminuir tantas desigualdades e lutar por um mundo melhor. Quando chegou o momento do vestibular, e eu não tinha certeza de que curso fazer. E, observando que várias pessoas, que eu passei a encontrar nesse caminho de busca pela justiça, estudavam na Faculdade de Direito, optei por esse curso na Universidade de Caxias do Sul. Estudei um ano e esse curso me deixava inquieta demais. Enquanto teorizávamos tudo, o mundo lá fora apresentava sempre mais problemas e eu me sentia presa.
E a história continua no próximo capítulo.