Não foi fácil militar e muito menos fazer faculdade, morando no Garbim, São José. Pegar uma hora de condução para atravessar a cidade é dose, mas eu não tinha escolha. Sempre trabalhei o que me fazia, também, estar sempre correndo. Trabalho – UCS – Campus 8 – Casa... Haja tempo e pernas pra tudo isso? Mas já dizem que quem faz muitas coisas, sempre consegue tempo para mais. Dessa regra, eu não fujo, por que ainda participei de teatro, dança, natação, musculação, curso de língua de sinais (Libras), participei também de pesquisas na área de habitação da cidade numa ONG, ajudo na Amob Garbim, participo do Partido dos Trabalhadores, na Setorial de Juventude, na Setorial de Mulheres e na Setorial de Cultura, festas, encontros com os muitos amigos... Coisas que tod@s os jovens fazem e outras, que nem todos/as.
Em 2006, fui ao meu primeiro EREA (Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura) em Porto Alegre. Adorei!! Conheci uma galera muito legal! Grilada com o mundo atual. Discutimos Reforma Urbana, Universitária, Planejamento de Cidade, Estágios, Escritórios Modelos... No último dia, recebi a indicação para a Fenea (Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura), na Direção de Ensino, Pesquisa e Extensão (Diepe). Fiquei muito feliz, fui a primeira aluna da UCS a entrar na Fenea. A partir daí conheci muitos lugares do Brasil, onde desenvolvi trabalhos, dos quais me orgulho muito. Essa área de Extensão, relação com a Comunidade, onde a Academia e a Vida Real se encontram é algo que realmente me fascina. Aprendi e ensinei a sermos protagonistas enquanto jovens e arquitetos. Trabalhar no sentido da emancipação, do empoderamento, do aprender para libertar, da retomada da dignidade enquanto ser humano... Na UCS, tive oportunidade de trabalhar um pouco de tudo isso que vive, seja na Coordenação de Extensão do DCE, seja internamento no Curso de Arquitetura e Urbanismo, seja no Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da UCS, onde desenvolvemos trabalhos com comunidades.
E a história continua no próximo capítulo.